Muitos se perguntam: como conseguir uma manutenção eficiente em hospitais? Bem talvez a resposta esteja justamente no significado da palavra eficiência:
“Virtude ou característica de (alguém ou algo) ser competente, produtivo, de conseguir o melhor rendimento com o mínimo de erros e/ou dispêndios.”
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Então, meu caro leitor, podemos afirmar que uma manutenção eficiente é totalmente ligada ao método de trabalho empregado, logo para melhorar produtividade (efetividade) e seus resultados (eficácia). Destacamos algumas valiosas dicas de eficiência (método). Confira abaixo:
Sobre o que vamos falar:
4 passos para ter uma Manutenção Eficiente
1. ANTECIPAÇÃO
Estar um passo, ou vários, a frente dos problemas é sem dúvida nenhuma a garantia de não ser surpreendido na sexta feira ao final do expediente com aquele imprevisto inoportuno. Bem, os equipamentos e situações, acreditem, dão dicas sobre problemas latentes. Ruídos diferentes, partes soltas, manchas no display por exemplo, são indicativos que aquele monitor passou por um choque mecânico.
LEIA MAIS: A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA
As inspeções diárias nos setores, além do tradicional bom dia aos colegas de trabalho, são a principal forma de identificar problemas e riscos no processo. Então formalize as inspeções diárias dentro de sua rotina de manutenção e treine o olhar clínico dos técnicos.
2. RECONHECIMENTO
Após a antecipação, que identifica problemas reais ou latentes, é necessário o reconhecimento do potencial problema e suas consequências. Isto requer conhecimento do inventário técnico do parque tecnológico. Informações sobre a criticidade, grau de importância, quantidade de similares e assistência técnica do equipamento, fazem toda a diferença em cima daqueles inventários simples que possuem somente os dados coletáveis nas etiquetas do fabricante. O reconhecimento do potencial do problema terá sua assertividade baseada em um bom inventário técnico. Por isso, implemente um inventário que vá bem além das informações coletáveis nas etiquetas.
3. AVALIAÇÃO
Resolver um problema técnico é muito além de consertar o defeito, mas sim entender todas as possíveis causas da falha. Uma manutenção eficiente não se limita a trocar uma peça ou placa, mas sim em buscar a causa raiz. Ah! E a curva de aprendizado é alimentada pelo histórico dos equipamentos, acredite…defeitos se repetem, tem sazonalidade e, pasmem, as mesmas causas.
Veja também: Como priorizar a Manutenção de Equipamentos Médicos pelo método Criticidade
Uma boa iniciativa é capacitar os técnicos em ferramentas de análise de causas e efeitos (FMEA) e diagramas de causas e efeitos (Ishikawa). E é claro, possuir um sistema de gestão informatizado para buscar o histórico de falhas das famílias dos equipamentos e uma forma de filtrá-los para agilidade na pesquisa.
4. CONTROLE
Por fim, a manutenção deve possuir indicadores para avaliação. E mais, é com os indicadores que você terá as ferramentas para se tornar um protagonista dentro do processo hospitalar.
Aliás, recomendo a leitura de nosso post “Os 4 indicadores de uma boa engenharia clínica”.
Informações valiosas serão obtidas com as análises críticas dos indicadores e com um processo de melhoria contínua (PDCA), você definitivamente saltará para o próximo nível da gestão.
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