No ambiente hospitalar, a precisão e a confiabilidade dos equipamentos médicos são cruciais para a segurança do paciente e a eficácia dos tratamentos. Uma falha inesperada pode ter consequências graves, desde a interrupção de procedimentos até riscos diretos à vida.
É nesse cenário que a manutenção de equipamentos médicos se torna um pilar fundamental da gestão hospitalar. Longe de ser apenas um custo, ela representa um investimento estratégico que assegura a continuidade dos serviços, otimiza recursos e, acima de tudo, protege vidas.
Este artigo detalha as principais atividades envolvidas na manutenção, destacando sua importância e como uma gestão eficiente pode transformar a realidade de qualquer instituição de saúde no Brasil.
Sobre o que vamos falar:
A importância da manutenção de equipamentos médicos:
A manutenção adequada dos equipamentos médicos vai além da simples correção de falhas. Ela é um componente vital para a segurança do paciente, a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira de um hospital.
Equipamentos bem mantidos funcionam com maior precisão, reduzem o risco de erros de diagnóstico ou tratamento e prolongam sua vida útil, evitando gastos desnecessários com substituições prematuras.
Além disso, a conformidade com as normas regulatórias, como as da ANVISA, é um requisito legal que exige um plano de manutenção robusto e documentado.
Tipos de manutenção de equipamentos médicos:
Manutenção preventiva:

A manutenção preventiva é o conjunto de ações planejadas e executadas em intervalos predefinidos, independentemente da condição aparente do equipamento. Seu objetivo principal é evitar a ocorrência de falhas, prolongar a vida útil dos equipamentos e garantir seu desempenho ideal.
As atividades incluem inspeções regulares, verificações, lubrificações, limpezas e substituição de componentes com vida útil limitada. No contexto hospitalar brasileiro, a manutenção preventiva é essencial para equipamentos de suporte à vida, como ventiladores pulmonares e bombas de infusão, onde qualquer interrupção pode ser fatal.
É importante a definição de Checklist pré-definidos para garantir a inspeção de todos os itens cruciais para o funcionamento do equipamento.
Durante a manutenção preventiva, o checklist irá guiar o profissional a verificar todos os pontos necessários, revisando-os e substituindo-os quando necessário, evitando assim que o equipamento apresente falhas inesperadas.
Aqui na Equipacare, utilizamos o software FixSystem que contêm uma base completa de checklists necessários para execução das manutenções preventivas. Estes checklists podem ser customizados, conforme necessidade de cada cliente.
Manutenção corretiva:
A manutenção corretiva é realizada após a ocorrência de uma falha ou pane no equipamento. Embora seja reativa, ela é indispensável para restaurar a funcionalidade do equipamento o mais rápido possível. Pode ser dividida em:
- Corretiva Não Planejada: Ocorre quando a falha é inesperada e exige intervenção imediata para restaurar a operação. Exemplo: um monitor multiparâmetros que para de funcionar durante um procedimento;
- Corretiva Planejada: A falha é identificada, mas a correção pode ser agendada sem comprometer a segurança ou a operação, geralmente para evitar uma interrupção maior. Exemplo: um pequeno ruído em um equipamento de imagem que não afeta a qualidade do exame, mas indica um problema futuro;
PLANO DE CONTIGÊNCIA: Para a segurança dos operadores e pacientes é necessário que a engenharia clínica defina o plano de contingência para os equipamentos médicos. Dessa forma, diante de uma manutenção corretiva não planejada o equipamento envolvido pode ser substituído por sua contingência, dando continuidade segura ao processo.
Se quiser saber mais sobre este tema, consulte o nosso artigo: https://equipacare.com.br/plano-de-contingencia/
Calibração:
A calibração de equipamentos médicos é um processo fundamental para garantir a precisão e a confiabilidade das medições e dos parâmetros operacionais. Consiste em comparar os valores indicados por um equipamento com os de um padrão de referência rastreável.
A calibração periódica é crucial para equipamentos de diagnóstico e terapia, como monitores multiparâmetros, bombas de infusão, desfibriladores e balanças, assegurando que os resultados obtidos sejam clinicamente válidos e seguros para o paciente.
Com base na portaria ministerial 2043 de 12/12/1994, o programa de gerenciamento de tecnologias em saúde deve contemplar no controle metrológico dos equipamentos biomédicos os seguintes itens:
- Relação de equipamentos pertencentes ao cronograma de calibração;
- A identificação dos responsáveis pela execução das calibrações;
- Parâmetros a serem calibrados;
- Os pontos de calibração por parâmetro;
- Os valores de aceitação para os parâmetros calibrados (limites máximo e mínimo).
Se quiser entender mais sobre como planejar o programa de calibração de sua instituição, temos um artigo completo abordando este tema: https://equipacare.com.br/calibracao-como-planejar-ou-contratar/

Testes de Segurança elétrica:
Os testes de segurança elétrica em equipamentos médicos são essenciais para proteger pacientes e profissionais de saúde contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos associados a falhas elétricas.
Esses testes verificam a integridade do isolamento, a resistência do aterramento, as correntes de fuga e a continuidade do condutor de proteção.
No Brasil, a norma ABNT NBR IEC 60601-1 (Equipamento Eletromédico – Parte 1: Requisitos Gerais para Segurança Básica e Desempenho Essencial) e suas colaterais são a base para a realização desses testes, que devem ser feitos periodicamente e após qualquer intervenção que possa afetar a segurança elétrica do equipamento.
A Equipacare Engenharia, por exemplo, realiza esses testes com equipamentos calibrados e emite laudos técnicos que atestam a conformidade dos equipamentos com as normas vigentes, garantindo um ambiente hospitalar mais seguro.
Tecnologias e ferramentas para gestão da manutenção:
A evolução tecnológica trouxe ferramentas que revolucionam a gestão da manutenção de equipamentos médicos. Softwares de Gerenciamento de Manutenção (GCM ou CMMS – Computerized Maintenance Management System) são essenciais para planejar, executar e registrar todas as atividades, otimizando processos e fornecendo dados valiosos para a tomada de decisão.
Aqui na Equipacare, adotamos o software FixSystem (https://fixsystem.io/) por entregar, junto com a informatização, todos os processos e metodologia padronizada para facilitar a implantação da gestão em engenharia clínica e engenharia hospitalar.
Bons softwares de gestão da manutenção, permitem:
- Agendamento automatizado: Programação de manutenções preventivas, calibrações e testes de segurança elétrica em cronograma de fácil consulta;
- Controle de estoque de peças: Gestão eficiente de componentes e insumos;
- Histórico de equipamentos: Registro detalhado de todas as manutenções, facilitando a análise de desempenho e custos;
- Geração de relatórios: Indicadores de desempenho (KPIs) para otimização da gestão;
Dentre outras funcionalidades…

Conclusão:
A manutenção de equipamentos médicos é uma atividade fundamental para a excelência na saúde, garantindo segurança e continuidade dos serviços médicos.
Uma gestão proativa e bem estruturada, que combine os diferentes tipos de manutenção com o apoio de processos e sistema informatizado de gestão, não só garante a segurança e a disponibilidade dos equipamentos, mas também contribui significativamente para a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira dos hospitais.
Investir em manutenção é investir na qualidade do atendimento e na vida dos pacientes.
A Equipacare Engenharia é especialista em gestão e manutenção de equipamentos médicos, oferecendo soluções personalizadas para hospitais e clínicas. Entre em contato e saiba como temos otimizado a gestão do parque tecnológico de clientes em todo o Brasil!

