Dicas de Organização e Segurança no Setor de Infraestrutura Hospitalar

Quando abordamos a manutenção em estabelecimentos assistenciais de saúde, não nos referimos apenas à preservação da aparência e conservação visual da estrutura. É fundamental considerar também a qualidade de atendimento e segurança oferecidas a cada colaborador e paciente durante o período de serviço e atendimento. 

No âmbito das responsabilidades do setor de engenharia de infraestrutura, encontramos diversos desafios. Neste post, destacamos as 05 dicas que visam organizar e proporcionar um melhor controle e segurança à unidade de saúde.

Organize Seu Cronograma Anual de Manutenção Preventiva

A base para uma gestão eficiente da manutenção reside na elaboração de um cronograma preventivo. Cada equipamento possui suas próprias características e necessidades específicas de manutenção periódica, que incluem tarefas como limpezas, troca de filtros, reposição de insumos, reapertos, entre outras.

Portanto, possuir o inventário de equipamentos e programar periodicamente as manutenções evitam paradas desavisadas. Liste todos os equipamentos e programe a abertura periódica das Ordens de Serviço. 

É crucial criar checklists individuais específicos para garantir a execução completa e adequada de cada tarefa.

Faça Rotinas de Inspeção Diárias: 

Assim como à manutenção preventiva, a abordagem preditiva desempenha um papel crucial na prevenção de defeitos. Entendemos que cada equipamento requer suas manutenções periódicas, e mesmo com todos os procedimentos realizados corretamente, imprevistos podem surgir.

As manutenções preventivas, geralmente agendadas a cada mês, não eliminam completamente a possibilidade de falhas inesperadas, como vazamentos, estouros de correias ou rolamentos. Esses contratempos podem ser evitados ao realizar verificações regulares nos equipamentos.

Estabeleça os pontos que necessitam de inspeção, levando em consideração a criticidade dos equipamentos e estruturas, isto ajudará a determinar a ronda de vistorias diárias. Programe a abertura das Ordens de Serviço e desenvolva o Checklist correspondente.

Na execução, a equipe familiarizada com os equipamentos, devem estar atentas a qualquer sinal de alteração, como ruídos, vibrações ou odores diferentes do padrão habitual.

Por fim, não esqueça a abertura da Ordem de serviço corretiva para os itens de não conformidades encontradas, ela deve ser gerada para registro histórico das intervenções realizadas.

Priorize os Equipamentos Críticos 

Após a programação de manutenções preventivas e rotinas de inspeção, um passo crucial é estabelecer o nível de criticidade dos equipamentos e estruturas. Inicie identificando o propósito e a aplicação de cada equipamento, a fim de determinar se uma falha poderia impactar o paciente, a qualidade do atendimento ou a operação geral da unidade. O grau de impacto na segurança do paciente, na capacidade de diagnóstico e tratamento, ou nos serviços clínicos são determinantes para priorização da manutenção. 

Não se esqueça de levar em consideração a frequência das falhas e os custos financeiros associados à parada do equipamento. Com base nisso, pode-se considerar a substituição do equipamento ou a aquisição de um equipamento de backup como contingência.

Mantenha Uma Comunicação Eficiente com os Setores Clientes

Criar meios de comunicação claros entre equipe e demais departamentos possibilita ao setor de Engenharia de infraestrutura a identificação rápida dos problemas nas instalações, a priorização das atividades de acordo com sua criticidade e a eficiência do atendimento da equipe.

Agende reuniões regulares com os responsáveis de diferentes áreas, realize visitas nos setores para alinhar pendências ativas e definir prazos de conclusão. Incentive o cumprimento dos processos de manutenção, promovendo a abertura de ordens de serviço e a avaliação dos serviços executados.

Padronize os Processos de Manutenção

A padronização dos processos de manutenção de infraestrutura hospitalar oferece uma série de vantagens que contribuem para a eficiência operacional, a segurança dos pacientes e a gestão eficaz dos recursos. 

Quando nos referimos à padronização, abordamos diferentes categorias de documentos específicos:

Procedimento operacional de Contingência:

Esse procedimento é desenvolvido para lidar com situações inesperadas ou eventos não planejados que podem impactar as operações normais de uma organização. Geralmente, é acionado em resposta a eventos específicos que não são considerados emergências imediatas, mas que demandam a implementação de medidas alternativas para garantir a continuidade das operações.

Procedimento operacional de emergência:

Este procedimento é projetado para lidar com situações críticas e urgentes que podem representar riscos significativos à segurança, saúde ou operações da organização. Os procedimentos de emergência são acionados quando ocorre uma ameaça imediata que exige uma resposta rápida e eficaz para minimizar danos e proteger vidas, propriedades e ativos da organização.

Procedimento operacional de execução:

Esse tipo de procedimento detalha as etapas e a sequência específica para realizar uma tarefa ou atividade operacional rotineira. Ele fornece instruções passo a passo para garantir que as operações sejam realizadas de maneira consistente e eficiente, seguindo os padrões estabelecidos pela organização. Diferentemente dos procedimentos de contingência e emergência, os procedimentos operacionais de execução referem-se a atividades habituais e planejadas.

Treine Sua Equipe Sobre os Procedimentos de Emergência

Realize treinamentos sobre os procedimentos emergenciais, essa padronização das ações tende a mitigar os riscos à segurança, trazendo eficiência e solução rápida, garantindo a continuidade da operação.

Capacitar os profissionais é a melhor escolha para se obter um atendimento mais eficiente em caso de situações anormais, incluindo a ativação de processos alternativos, para fazer com que suas áreas essenciais voltem a funcionar na melhor situação possível em um menor tempo, evitando assim uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos aos pacientes.

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