Antes de aprender quais são os 4 principais indicadores de uma boa engenharia clínica é importante entender como construir cada um, a fim de analisá-los de maneira que tanto o líder quanto sua equipe sejam capazes de tirar informações gerenciais dos dados apresentados.
Você só consegue gerenciar aquilo que consegue medir, portanto, apresentaremos aqui o método mais conhecido para avaliar um indicador. O SMART compreende, em inglês, as iniciais de:
Specific (Específico) – O KPI deve seguir uma lógica clara e objetiva;
Measurable (Mensurável) – Devem ser quantificáveis, de preferência, expressa em números;
Attainable (Atingível) – Nada de metas impossíveis. Ela deve estar ao alcance do executor;
Relevant (Relevante) – Deve se ter uma ideia clara do que se pretende fazer. Relevante não só para o executor, mas também para os objetivos pretendidos;
Timely (Em tempo) – Determinar previamente o tempo para atingir as metas. Normalmente
utilizamos metas mensais em nossos indicadores.
Sobre o que vamos falar:
Conheça os 4 indicadores de uma boa engenharia clínica
1) Manutenção Programadas Agendadas x Realizadas
Como você, amigo leitor, já deve ter visto em nossos posts, a manutenção preventiva tem como foco principal prevenir uma falha ou quebra no equipamento. Assim sendo, é uma intervenção prevista, ou seja, que deve ser programada e realizada para evitar que uma falha venha a acontecer.
O indicador [Agendadas x Realizadas] deve exibir quantos por cento (%) das manutenções programadas que estavam agendadas para aquele período foram, de fato, executadas. Um líder de engenharia clínica sabe que é comum não conseguir executar 100%, mas deve garantir o mais próximo disso para que não se acumulem pendências.
2) Corretivas Solicitadas x Concluídas
A atividade de manutenção corretiva é iniciada por meio da detecção de uma falha, por parte dos chamados vindos da equipe assistencial ou dos achados da própria Engenharia Clínica durante as rotinas de inspeção.
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O indicador deve ser apresentado em forma percentual (%) e é obtido ao dividir o número de manutenções corretivas executadas pelo total de solicitações. Ressaltamos que as corretivas não executadas nos períodos anteriores ao analisado também entram na contabilização como pendência. Este é um indicador que auxilia a medir se a equipe está sendo produtiva e eficaz em resolver os problemas.
3) Tempo de Atendimento da Equipe Interna
Este indicador seve para medir se o tempo de atendimento aos chamados de cada técnico da engenharia clínica está dentro do esperado. Além disto, também acordamos com o setor de qualidade do hospital qual a meta de tempo de atendimento para cada faixa de criticidade (baixa, média e alta), pois a priorização do atendimento deve ser feita conforme este critério. Confira este post para saber mais sobre o assunto.
Logo, a engenharia clínica deve acordar com o cliente (setores atendidos e setor de qualidade) as metas de tempos de atendimento que atenderão a expectativa da instituição. Aqui na Equipacare, a forma que preferimos tratar este indicador, é calculando o tempo médio de atendimento para cada técnico da equipe e ainda para cada faixa de criticidade dos equipamentos. Com apoio do sistema informatizado de gestão, conseguimos destacar todos os atendimentos que ficaram com tempo acima da meta e tratá-los individualmente como não conformidades, montando um plano de ação ou avaliando se o dimensionamento da equipe está adequado
4) Resolutividade da Equipe Interna
Uma das principais funções de um serviço de engenharia clínica (SEC) é justamente atender as atividades de manutenção corretiva dos equipamentos médicos, quer seja executando ela própria as atividades ou supervisionando fornecedores externos na execução das mesmas.
Esta capacidade da equipe interna em resolver os problemas corretivos por conta própria pode ser representado por um indicador (que aqui na Equipacare consideramos primordial) que é o Índice de Resolutividade Interna.
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O indicador deve ser apresentado em forma percentual (%) e é obtido ao dividir o número de OSs corretivas solucionadas pela equipe interna no período, pelo total de ordens de serviço corretivas solucionadas no período. Quanto mais capacitada a realizar esses consertos estiver a equipe interna do hospital, menor será a necessidade de participação de fornecedores externos, e consequentemente menores serão os custos totais com manutenção (menos custos variáveis), por este motivo este indicador é muito usado para definir a performance da engenharia clínica como geradora de economias.
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